quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ela Dá e Ela Tira

Internet/ Pintura Surrealista de Salvador Dalí
A vida é preciosa
Não deve ser vivida
De forma desencantada.

A vida é sombra fugidia
De noite e de dia ela se esconde
Como uma injustiça infinita.

A vida é silêncio e alegria
A vida é amor e fantasia
A vida é dor inesperada.

A vida é que nos dá o pranto
A vida é que nos dá prazer
A vida é que nos dá desencanto
A vida é volúpia nas noites quentes
De amor,
A vida dá vida à própria vida
A vida leva de repente a nossa vida
A vida é tudo e nada.

Mas quem não admira a vida?
Ela dá e ela tira
Mas não deve ser vivida
De forma desencantada
E perdida...não deve...

Dentro dos teus olhos eu vivi
E acreditei em ti e perguntei,
Por que se morre
Por que se vive?...

Maria luísa

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PACTO

Internet/ Salvador Dalí
Fazemos um pacto,
Tu caminhas comigo
Eu caminho contigo
Neste campo minado
De armadilhas.

E nos amparamos
Na escolha dos lugares
Por onde passamos.

E talvez juntos
Possamos limpar
Os caminhos minados
E criar prados.

Caminhar nesses prados
Escrever nossos sonhos
De mudanças,
Nas mentes de quem pensa.

Trazemos o bem alvejado
pela demência de alguns

E reconstruímos o mundo
Em que escrevemos
Em que vivemos.

Que a nossa história a dois
Continue a viver,
A encher nossas noites de prazer.

E os dias iluminados
E tão breves - tão breves...
Nos façam andar de novo
Mesmo de forma incompleta,

Mas isenta e livre!

Com amor,

Maria luísa

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E Voltei !

Sagrado Coração de Jesus/ Salvador Dalí / Internet
Olhei e rolei no Universo
Pintado de vermelho e negro.

Olhei astros, estrelas desconhecidas
E a solidão do contraste.

Encontrei vozes que reconheci
Falei, mas elas se calaram.

Talvez me conhecessem
E sentissem saudades desta voz...

Junto a uma estrela brilhante fiquei,
Quieta, pálida, sagrante.

Minha Ilha cintilava
Eu estava longe.

Meu amor chorava o abandono
Eu o chamava, mas tudo inútil e distante.

Olhei o cimo e à transparência
Vi um trono, onde Alguém se sentava.

E chorei lágrimas que caíam
E desfaziam o vermelho e o negro.

Só eu sofria,
Só eu escurecia no frio da noite.

E voltei!...

Maria luísa

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Ilha

Internet
Nasci numa ilha
Uma ilha próximo
Da terra e do mar.

Mas eu amei mais, muito mais,
A que estava próximo do mar.

Aprendi o que sei nessa ilha
E tornei-me tudo quanto sou,
Nessa mesma ilha.

Flores tropicais se transformavam
E se alimentavam pelo ar
E o prenúncio do mar.

Eu não sabia se era única na ilha
Nunca soube dizer onde ficava.

O mapa apontava várias ilhas
A bússola apontava vários mundos.

Mas eu nunca saí da ilha
Nela fiquei
Nela amei
Nela inventei meu amor.

E um dia nela morri e ressuscitei!

Ouvia vozes à noite
Não sabia donde vinham
E diziam coisas tão belas...

E eu sonhava com elas!

E agora, não dizem mais nada,
Mas ouvem a voz dos poetas
Que tal como eu...
Partiram há muito!

Maria luísa